segunda-feira, 19 de outubro de 2009

CAPITANIAS HEREDITÁRIAS


A Capitania de Santo Amaro foi criada em 1534 como uma das quinze parcelas do território brasileiro entregues pelo rei de Portugal, Dom João III de Portugal, a donatários em regime de hereditariedade. A capitania foi doada a Pero Lopes de Sousa e ia da foz do rio Juqueriquerê, em Caraguatatuba, a Bertioga (de norte a sul da costa paulista).

A capitania, sem recursos naturais de importância e sem ligações com o Planalto, não se desenvolve. As únicas ações visando a ocupar o território são a construção dos Fortes de São João e São Filipe, destinados a proteção do porto de Santos, uma beneficiadora de óleo de baleia no extremo norte da ilha, na desembocadura do canal de Bertioga e a ação de alguns grupos de jesuítas para a cataquese de índios.

Em 1624, em razão de conflitos referentes a limites territoriais entre seu donatário, o Conde de Monsanto, e a Condessa de Vimieiro, a capitania foi absorvida pela Capitania de São Vicente, pois esta, bem mais próspera e povoada, passou a ter o mesmo donatário que Santo Amaro - o Conde de Monsanto conseguiu estender sua jurisdição até a vila de São Vicente.

A Capitania de Pernambuco foi uma das subdivisões do território brasileiro no período colonial. À época da Independência do Brasil constituía uma Província e, após a Proclamação da República Brasileira, com a promulgação da Constituição Brasileira de 1891, passou à condição de Estado de Pernambuco.

À época do Brasil Colônia, as únicas capitanias que prosperaram foram esta de Pernambuco e a de Capitania de São Vicente, graças ao cultivo de cana-de-açúcar.

Incluía os territórios dos atuais estados de Pernambuco, Paraíba, Alagoas, Rio Grande do Norte, Ceará e a porção ocidental da Bahia (a leste do Rio São Francisco) possuindo, deste modo, fronteira ao sul com Minas Gerais.

A produção de açúcar sempre desempenhou um papel de destaque na economia de Pernambuco, sendo causa da segunda das Invasões holandesas do Brasil. Essa riqueza, fonte de desigualdade de renda entre ricos e pobres, somanda à grande concentração de terras, fez de Pernambuco palco de diversos conflitos - como o que existiu entre os senhores de terra e de engenho pernambucanos de Olinda e os comerciantes portugueses do Recife, chamados de forma pejorativa de mascates. A Guerra dos Mascates ocorreu de 1710 a 1712. Os donos de engenhos, em dívida com os comerciantes devido à queda do preço internacional do açúcar, não aceitam a emancipação do Recife, o que agravaria sua situação com os portugueses. Em 1710, Recife foi atacada por tropas de proprietários rurais. O governador nomeado, Sebastião de Castro Caldas Barbosa, fugiu. Os mascates contra-atacaram, invadindo Olinda em 1711. A nomeação de um novo governador, Felix José de Mendonça, e a atuação de tropas mandadas da Bahia pôs fim à guerra. A burguesia mercantil recebeu o apoio da metrópole, e o Recife manteve sua autonomia.


Que voltem as capitanias !!!

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